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4 de agosto de 2010

Mais uma do Inep

Dados pessoais dos inscritos como RG e CPF vazaram do site do Inep.
Ano passado, exame teve de ser remarcado após furto.


Desde que se tornou uma das principais formas de acesso às universidades federais, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) apresenta um histórico de problemas. O furto da prova e a divulgação do gabarito errado no passado, e o vazamento de dados sigilosos dos alunos descoberto nesta terça-feira (3) abalam a credibilidade do exame, segundo os estudantes.
O diretor pedagógico do cursinho Oficina do Estudante, Célio Tasinafo, disse que o vazamento de dados pessoais dos estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é mais um absurdo envolvendo a prova.]


Problema grave

O coordenador geral do Anglo Vestibulares, Nicolau Marmo, disse que o fato de dados pessoais de estudantes ficaram disponíveis no site do Inep é problema grave. “É grave para o cidadão ter seu cadastro publicado. Isso foi por má administração. Não foi por outra coisa. É deplorável”, disse.
Segundo Marmo, dos cerca de seis mil alunos do Anglo em São Paulo, metade participa do Enem. “Os interessados são os estudantes que fazem o ProUni e aqueles que querem entrar em universidades federais”, disse. A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não usarão a nota do Enem 2010 no vestibular, como já ocorreu em 2009.
A diretora do Instituto Dom Barreto, em Teresina, no Piauí, Maria Stela Rangel da Silva, disse que o vazamento da prova de 2009 atrapalhou os estudantes e motivou uma passeata dos alunos. Segundo a diretora, os estudantes devem, mais uma vez, ficar “chateados”, por confiarem que seus dados só poderiam ser acessados por eles e pelas universidades.
“Os organizadores do Enem precisam ter cuidado para isso não acontecer novamente, assim como o vazamento da prova”, disse Maria Stela. O Instituto Dom Barreto teve a segunda melhor nota do Brasil no Enem 2009.


Rastreamento

O presidente do Inep, José Joaquim Soares Neto, disse que é possível rastrear a origem do vazamento, já que o sistema só era acessado por meio de senha. “Primeiramente, nós vamos fazer esse rastreamento, e eu quero saber a dimensão do problema”, afirmou. No total, 231 instituições tinham acesso às informações. Os dados estão inacessíveis por tempo indeterminado.

Um comentário:

Douglas disse...

Esses trambites do governo estão cada dia mais fodas viu!